terça-feira, 10 de agosto de 2010

- simpatia


Casimiro de Abreu, em uma de suas poesias, diz que simpatia é quase amor. Concordo. Simpatizar é ter duas opiniões, diferentes ou não, unidas em uma só conclusão. Compartilhar uma vida sem necessariamente estar junto. Querer o outro sempre sorrindo, mas também saber consolar quando lágrimas são derramadas. Criticar, brigar, cobrar. Contudo, nunca julgar.
Simpatia não é concordar com tudo, porém sempre apoiar. Não é apenas estender a mão, tem que esticar o braço. Dar mais do que pode, e receber mais do que deu. Saber que cada atitude valerá a pena, seja pequena ou grande. Não se contentar com um abraço quando se quer um beijo.
Elogiar alguém o dia inteiro não o torna um amante melhor, apenas mais romântico. O romantismo conta, todavia também desconta. O importante é ser quem você é, dizer o que sente, e através das ações provar o que disse sentir. Conquistar a pessoa todos os dias, ou até mais de uma vez por dia, se for possível. Gostar de suas qualidades, e amar seus defeitos. Corrigir, persistir, insistir. Jamais desistir.
Sonhar acordado, e rir sonhando. Desejar constantemente o tato, e decepcionar-se cada vez que não alcançá-lo. Pensar, idealizar, imaginar. E, mesmo assim, ser surpreendido em todos os instantes. Abraçar a felicidade como se não restasse mais nada. Crer no impossível, e vê-lo tornasse possível. Lutar sem saber onde vai chegar.
Dividir as confidências, e multiplicar os carinhos. Subtrair a distância, e somar a união. Simpatia é quase amor, e o amor é fruto da simpatia.

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