segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

- hábito


Dizem que nada como um dia após o outro, mas porque isso não funciona comigo? A cada dia a saudade aumenta, e a dor fica maior. A distância mais longa não se compara com o quanto ele parece estar afastado de mim, tal forma que mesmo se eu passasse a vida toda andando ainda não seria o suficiente para alcançá-lo, e tê-lo em meus braços.
As lembranças mais lindas me cortam por dentro, e ultimamente eu apenas levanto de manhã por hábito e necessidade, porque não há um pingo de vontade que ajude meu corpo a se mover, até mesmo porque o único lugar que ele deseja estar é envolvido pelo dele, como se fossem um só.

I miss you. <3

- pedidos


Peço só um pouco de paz, e uma noite na qual eu não precise secar as lágrimas, apenas fechar os olhos e dormir tranquilamente, sem nenhum pensamento estar presente me assombrando. Eu não quero mais reviver todos os nossos melhores momentos se eu não posso ter você ao meu lado de novo.
Peço só um pouco de sabedoria. Posso estar seguindo o caminho errado, afinal se a felicidade é uma condição que atinge a todos, eu não deveria estar sem ela. Por esta razão, além de acreditar, preciso ser sábia e entender.
Peço só um pouco de força, e algum sinal para que assim eu possa me manter firme e ser paciente, enquanto as questões ainda não estão claras para mim. A vontade de continuar tentando é óbvia, mas tanto meu estado físico como o mental já estão exaustos. Contudo, eu não quero desistir, quero apenas uma ajuda.
Sei que pedir não move as coisas, e por isso eu estou sempre procurando me movimentar e agir de forma que me leve a realizar meus pedidos, no entanto, ainda assim, eu acredito na força superior, e de verdade, eu peço só um pouco de amor.

domingo, 23 de janeiro de 2011

- prova de amor


O que você faria por amor?

Ultimamente estou lendo um livro de Charles Martin, “Onde Termina o Rio”, e de fato a cada capitulo descubro um pouco mais da importância do amor na vida. Não sei dizer se ter um amor incondicional é bom ou ruim, afinal tudo tem vantagens e desvantagens.
O amor, quando verdadeiro, pode ser diagnosticado como insanidade, e deixa qualquer um realmente feliz, porém se perder esse amor, acaba-se o sentido de tudo e a mágoa fica guardada, o pior ainda são as lembranças que jamais somem.
No livro, uma doença está presente para separar fisicamente o casal, até porque emocionalmente o amor nunca se separa, mas deve ser muito interessante a vontade de morrer no lugar de outra pessoa só para que ela possa respirar mais algum tempo. Nada é uma prova de amor maior do que essa.
E o mais importante é entender que todas as coisas vão terminar da mesma forma que começam, e esse fim vai ser apenas um novo começo. Os sentimentos gritam e machucam quando algo acontece com o nosso amor, no entanto não deveríamos nos preocupar, porque eles nunca morrerão.

Sendo o fim doce, que importa que o começo amargo fosse? Bem está o que acaba.

- William Shakespeare

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

- pouca fé


Uma certeza sempre gera duas dúvidas.
A fé existe por uma única razão, preencher os espaços em aberto que as dúvidas deixam em nossas mentes. Como acreditar em algo que não tem o menor sentido e nunca se viu? Pessoas com grande fé conseguem com facilidade. Não eu, afinal, como todos me dizem, eu sou uma pessoa de pouca fé e muita razão.
Eu realmente gostaria de crer em um lado mais misterioso, porém eu simplesmente não consigo. Talvez meu problema seja pensar demais, e buscar sempre uma certeza, invés de apenas acreditar e aceitar como as coisas são.
Não sou cética, apenas não confio inteiramente em nada. Mesmo porque, por exemplo, eu rezo todos os dias antes de dormir, no entanto faço isso por hábito e não por crença. E eu de fato admiro as pessoas que são diferentes de mim nessa relação com a fé, afinal elas não vivem preocupando-se com achar provas e respostas, só vivem, e consequentemente acabam aproveitando bem mais.
Tento me mudar constantemente, mas é uma tarefa árdua. Não sei até onde eu vou conseguir elevar minha fé, e se vou conseguir, contudo eu sei que eu quero estar sempre próxima de pessoas com grande fé, e que os meus futuros filhos tenham o que eu nunca tive, confiança no desconhecido.