quinta-feira, 1 de julho de 2010

- aquela tarde


"Não importa o quanto perfeito sejam os dias, eles sempre têm que acabar.”
Relato o melhor dia da minha vida numa tarde chuvosa, e aquela leve brisa pairando sobre minha pele pálida. A porta trancada, o silêncio reinando em meus ouvidos, e nada além daquela tela iluminando meu rosto. Só havia você, e suas palavras, as quais eram ingênuas, inocentes... E não posso deixar de mencionar apaixonadas. Horas passavam sem que ninguém notasse, pois para dois corações unidos em um único lugar, o tempo não existe. Quem se preocuparia com ele quando se tem a eternidade?
Estávamos sã suficiente para saber disso, e dispostos a amar incondicionalmente. A boca pode não falar, mas os olhos tagarelam. Assim como os carinhos não mentem. Eu seria hipócrita se não me lembrasse desse momento, afinal, foi o melhor em dezesseis anos.
Nessa tarde eu soube que você seria meu, mesmo que minhas mãos não pudessem alcançá-lo. Senti-me segura com a idéia, e admito, nunca estive tão feliz. O sol sempre se põe, e a escuridão sempre cobre as cidades. De qualquer jeito, não havia motivos para nos preocuparmos. Ao nascer do sol eu ainda o amaria, o que acontecerá em todas as manhãs, até que o sol se apague.
E depois? Depois estaremos juntos deitados sobre uma cama, envoltos pela sombra da noite. Não precisaremos mais do sol para nos lembrar do amor, eu prometo.

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